22 de julho de 2014

Em Pernambuco, 42% das mortes no trânsito envolvem motociclistas

Foto: Ilustrativa

Diariamente, nas ruas das cidades pernambucanas, não é raro se deparar com acidentes envolvendo motociclistas. Seja no Grande Recife ou em pequenas cidades, a violência no trânsito já é considerada problema de saúde pública.  De acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde, 42% das pessoas mortas no trânsito em Pernambuco nos primeiros três meses de 2014 estavam envolvidas em acidentes de motocicleta. Outros 20% das vítimas eram pedestres e 15% estavam em carros. 

O índice que mede a violência no trânsito aponta que, em 2014, para cada 100 mil pessoas, acontecem 10,2 mil mortes em acidentes de motos em Pernambuco. Prático e barato, o veículo sob duas rodas está cada vez mais presente nas ruas das cidades. Entre 2013 e 2014, enquanto a quantidade de carros no Recife aumentou 2,3%, o número de motocicletas cresceu 7,5%. Isso significa 9.254motocicletas a mais no trânsito da capital pernambucana em um ano. A mais vendida é a de 125 cilindradas. O preço varia entre R$ 5.800 e R$ 7.500, e o interessado pode financiar a compra em até 48 vezes. Além de tudo, a moto permite manobras que, de carro, é impossível fazer.

De acordo com a presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Simíramis Queiroz, o mau comportamento dos motociclistas muitas vezes acaba culminando em acidentes. “[Eles] se aproveitam por o veículo dar mais mobilidade e acham que podem cometer infração, até escapando de engarrafamento por cima da calçada, se colocando em alto risco. E o retrato dessa falta de conscientização é esse alto índice de acidentalidade”, disse.
Há três anos, o governo de Pernambuco criou o Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de moto. O objetivo era diminuir os acidentes, o que não aconteceu. “Em 2012, 2013 e 2014, os acidentes e mortes por acidente de motos vêm aumentando de forma assustadora. Os motociclistas da Região Metropolitana e do estado de Pernambuco só respeitam duas coisas: o fluxo e o sinal verde. Ele não respeita sinal vermelho, contramão. Falta uma fiscalização mais dura, não só mais educativa, mas de punição e fiscalização. É culpa basicamente nossa do Estado, que deveria ter fiscalização maior”, assumiu João Veiga, presidente do comitê.


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