7 de maio de 2015

Proposta de pedágio na BR-232 volta à discussão



Vira e mexe e a proposta de pedagiar a BR-232, conforme defente o secretário de Transporte, Sebastião Oliveira, ressurge. A justificativa para a cobrança é de que estaria assegurada a fonte para manter a rodovia, responsável pelo crescimento imobiliário e industrial acelerado de Vitória de Santo Antão, Gravatá, Bezerros e Caruaru. Então, para que serviram os cerca de R$ 460 milhões investidos na duplicação da rodovia? O sentimento que me vem, diante do péssimo estado de conservação de alguns trechos e da possibilidade do pedágio, é de que a Celpe, cujos recursos da privatização financiaram as obras, evaporou como patrimônio. Ou melhor, a Celpe foi enterrada sob placas de concreto e camadas de piche. Até porque nem duas décadas se passaram da inauguração do primeiro trecho duplicado, pelo então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), e nem uma década da entrega do último trecho, entre Caruaru e São Caetano, por Eduardo Campos (PSB). É pouco tempo para tamanha deterioração de rodovia tão cara. O pedágio, por enquanto, é proposta, mas o governo deve pesar - e bem - que o projeto da BR-232 , antes de mola para alavancar a economia, carrega a simbologia de uma empresa construída a partir de recursos públicos. E, cá para nós, pagar pedágio não seria um duplo desembolso para quem, no passado, contribuiu direta e indiretamente para manter a Celpe? Esse choque - quase elétrico - não quero sofrer.

Reportagem do Diario de Pernambuco


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