27 de junho de 2012

Tablets são promessa não cumprida

Com a notícia de que as lousas digitais já estão sendo instaladas em três escolas da rede estadual, surge na memória, de alunos e professores a lembrança dos 156 mil tablets que deveriam ter chegado em abril nas salas de aula. A inovação, anunciada em fevereiro deste ano, ainda é uma promessa não cumprida. Hoje, o quantitativo de equipamentos entregues não passa dos 10%, do total de 70% esperados para até o fim do mês.


A ferramenta será utilizada primeiramente por alunos do terceiro ano do ensino médio. Os do segundo ano devem ser os próximos contemplados. Em coletiva realizada na sede da Secretaria Estadual de Educação (SEE), o secretário Anderson Gomes previu que, até julho, todos os alunos estariam usando os aparelhos nas escolas, mas, até o momento, ainda não se vê nenhum dos eletrônicos nas mãos dos estudantes.

Este é o segundo capitulo de uma novela que teve início em janeiro. É que, no início do ano, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) anulou o pregão eletrônico da secretaria devido a uma reclamação que a empresa Digibrás realizou alegando que o seu produto atendia aos requisitos da licitação e era mais barato. O TCE acatou as razões expostas pelo grupo, e a empresa, antes excluída do processo licitatório por não apresentar o valor unitário de seus itens, voltou à disputa e acabou ganhando o direito de realizar a distribuição dos tablets.

Foi aí que começou o segundo capítulo. Quando questionada sobre o atraso na entrega dos equipamentos, a companhia do grupo CCE informou, por meio de nota, que a entrega dos tablets negociados com o órgão, para suprir a demanda das escolas públicas locais, vem sendo feita gradativamente para o governo do Estado de Pernambuco, dentro dos prazos acordados.

Em contraponto, a SEE afirmou que já enviou à empresa notificações sobre os frequentes atrasos. O gerente geral de TI do órgão, João Carlos Duarte, explica que outra licitação será aberta em julho. “O volume de entrega foi mínimo. Caso a gente perceba que a situação dos atrasos não vai mudar, podemos abrir uma nova licitação com outra empresa. Estamos esperando acabar este mês para tomarmos uma decisão”, explica.

Ainda de acordo com o gerente, se a Digibrás corrigir o calendário de entregas, uma nova proposta será aberta demandando o restante dos equipamentos que vão atender aos alunos do segundo ano. “Estamos analisando a possibilidade de aumentar este quantitativo para atender aos estudantes que faltam. Tudo depende do comprometimento da empresa com as datas pré-estabelecidas”, finaliza.


Da Folha PE


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