1 de agosto de 2015

Há 370 anos, Batalha do Monte das Tabocas expulsam invasores holandeses



Em 03 de Abril de 1645 ás 1h da tarde, os habitantes de Pernambuco enfrentavam as tropas holandesas. O confronto, ocorrido em Vitória de Santo Antão, foi o primeiro conflito pela dominação das terras pernambucanas entre tropas luso-brasileiras e holandesas. As tropas luso-brasileiras, em número bastante inferior, tinham à frente o João Fernandes Viei­ra aclamado ''governador da liberdade,'' por seus companheiros de luta.



As causas do Conflito:

Assumiu a liderança da resistência pernambucana o senhor de engenho, João Fernandes Vieira. Após alguns reve­zes impostos aos invasores, Vieira tornou-se o alvo principal dos holandeses que queriam prendê-lo a todo o custo.

Para escapar dos inimi­gos, João Fernandes Vieira, escondia-se no interior, mu­dando sempre de endereço. 

Em junho de 1645 os holandeses armaram-se e saíram em perseguição ao chefe das nossas tropas. Partindo do Recife, eles in­gressaram por São Louren­ço da Mata, em busca de João Fernandes Vieira, que procurou fugir do inimigo.

Escondido no Monte com seus soldados e refor­çado pelos índios aliados, João Fernandes Vieira, au­xiliado pelo sargento-mor Dias Cardoso, experiente em guerrilhas de embosca­das, traçou um inteligente e perfeito plano de comba­te para enfrentar aos holan­deses.

A Batalha:

Na manhã de três de agosto as sentinelas brasi­leiras anunciaram a aproxi­mação das tropas holande­sas que vinham com toda fúria, tendo à frente uma multidão de índios. Viei­ra reuniu seus soldados e a eles se dirigiu com tom re­soluto proferindo fortes pa­lavras: “A sorte da nossa causa depende deste pri­meiro combate”. A causa, era a libertação de Pernam­buco.

Uma hora da tarde, ocorreu a grande batalha. Os luso-brasileiros, usan­do a tática de emboscadas, atacavam e se afastavam, fugiam e investiam, atrain­do e empurrando os invaso­res para dentro do tabocal. Resistindo e ludibriando os holandeses, nossos bravos soldados combateram fe­rozmente. Em um segun­do momento eles conse­guiram transpor o tabocal e marcharam em direção ao alto do monte, onde esta­va a força reserva de João Fernandes Vieira. Feroz­mente nossa tropa caiu so­bre o inimigo e após fortes combates, que duraram até ao anoitecer, nossos solda­dos conseguiram derrotar os holandeses que aprovei­taram a escuridão da noite e fugiram apavorados sob torrencial chuva.




A Vitória estratégia do Confronto:

No outro dia ao ama­nhecer, vendo que o inimi­go havia realmente fugido, nossos bravos heróis, de joe­lhos, agradeceram a Deus e à Virgem de Nazaré, e grita­ram três vezes em alta voz: “Viva a fé de Cristo e a li­berdade. Vitória, vitória, vi­tória”. E logo, o grande che­fe, João Fernandes Vieira, com o chapéu na mão, foi abraçando a todos os capi­tães e soldados, agradecen­do-lhes e louvando-lhes o es­forço e a coragem.

Nosso pequeno exérci­to em formação, constituí­do de homens descalços, sem armamentos adequa­dos, lutando com amor, de peito aberto, bateu as bem treinadas e bem armadas tropas holandesas.

A batalha do Monte das Tabocas, foi um marco na campanha da insurreição pernambucana. “Sem Tabo­cas, não haveria Guarara­pes”. Em Tabocas, germinou em nossa gente, o senti­mento nativista e de pátria. Ali, originou-se o embrião do exército brasileiro.


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